Para Rir
Meu pai, Mário Vieira, tinha dez anos quando foi para a cidade fazer o 4º ano. Foi convidado pela sua tia Inácia, casada com o tio José Neves. O planejado seria ele estudar de manhã e depois do almoço ir ajudar no bar Bortotti, de propriedade de sua prima Neli (filha da tia Nica) e de seu esposo Antonio Bortotti. E assim foi feito. Ajudar no bar seria bom para o menino que vinha da roça, ficaria mais sociável e no próximo ano iria fazer um curso de fotografia com o tio Zé Neves e ser seu ajudante, fotografando as festas na cidade.
Logo no primeiro mês de trabalho, numa sexta-feira, chegou um caboclo apressado, desceu do cavalo, amarrou na árvore e entrou no bar. Foi direto ao balcão e falou: Menino, onde é o mictório?
Meu pai falou: vem cá, vem cá e o levou ao meio da rua. Mostrou lá para cima e falou: você vai subir esta rua até o fim e virar à esquerda. É lá!
O homem falou: Que é isso menino? Tá brincando comigo? Eu falei mictório, privada!
Ah bom, porque não falou certo? Vem cá, a privada fica aqui nos fundos do bar. Eu pensei que você perguntou onde era a casa do Victorio Dognani!
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