terça-feira, 17 de agosto de 2021

                                          Barra Seca

Falando de várzeas, terras de arroz, “covas de mandioca”, lembrei-me de um caso curioso: uma vez o tio Beleco, pai da Regina Garcia Camargo, da Ana Claudia Ribeiro Garcia e ... foi por fogo num entulho perto de uma várzea e o terreno ficou dias pegando fogo. Depois disso, numa época em que o governo de São Paulo queria ter sua própria empresa de petróleo, passou fazendo sondagens por aqui, e no sítio do tio Beleco também teve sondagens.
O bairro tem vários tipos de solo: a terra roxa onde plantam café, a terra branca e pedregosa dos pastos, a terra argilosa que usam para a cerâmica....várzeas acho que não tem mais, ficaram todas alagadas.
Nosso bairro, hoje, está todo esburacado por conta da retirada de taguá para fazer tijolos. Taguá é o barro de olaria. Muitos caminhões, às vezes dia e noite, passam carregados. É um poeirão só. Ninguém mais aguenta. Já tem quatro crateras enormes!
O certo era pedir para o prefeito fazer uma ligação desses tiradores de terra com a estrada principal....para os moradores ficou péssimo ...passam pelo interior do bairro, quase no quintal das casas!
Se no bairro as terras fossem ainda só dos parentes, tudo ficaria mais fácil.
Também temos um problema com a água da chuva. Existe no meio do bairro uma lagoa e quando chove enche muito. Essa lagoa faz parte de um sistema de águas subterrâneas que são interligadas. A lagoa daqui se liga, à direita, com a que fica na fazenda que era do tio Juvenal e escorre para a represa e à esquerda com as minas d'água da tia Cotinha e Zezito. Antigamente,existia um canal de drenagem que jogava o excesso dessa água de chuva para o ribeirão que vai para a casa da tia Cotinha, hoje Zé Dito. Mas os terrenos às margens da estrada foram loteados e bloquearam a saída da água. Agora meu pai e o tio Fernando tem que conviver com a inundação....Coisas da vida!

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