terça-feira, 24 de outubro de 2017

FAMÍLIA RIBEIRO DO VALLE

A família Ribeiro do Valle, provem de Portugal e iniciou- se por união de Ribeiro com do Valle. Segundo o genealogista Ari Florenzano, “a origem ocorreu no tempo do rei D. Afonso IV o Bravo, sétimo rei de Portugal (1325-1357), a partir da união dos Ribeiros com os do Valle, sendo os Ribeiro descendentes de D. Fernando e de D. Ramiro II, e tendo solar em terras de Valdevez”. No que se refere aos Ribeiros, remontam anos e anos dentro da história de Portugal e Espanha. O estudo realizado por Armando Vidal Leite Ribeiro e que chegou até D. Fernando, primeiro Rei de Castela, e Dona Sancha, rainha de Leão e, segundo a genealogista professora Mariana de Andrade Bueno, ascende até os reis Visigodos. Os Valles eram de Agrelo, termo de monção, no Minho.
Miguel do Valle serviu na Índia e foi  senhor de grande extensão de terras.

Seu filho, Antônio do Vale, foi o primeiro doutor graduado em letras pela Universidade de Coimbra. Miguel do Vale era natural de Algarves. Foi integrante da expedição de Martim Afonso e ao falecer foi sepultado na Capela de Santa Eiria de Tomar, por ele mandada construir, onde estão gravados o brasão e as armas dos Vale.
Família de origem portuguesa, de abastados proprietários rurais membros da chamada “aristocracia rural cafeeira” estabelecidos em Minas Gerais e Rio de Janeiro .
Os antecessores dos Ribeiros do Vale, vindo do norte de Portugal ou do Arquipélago dos Açores, aportaram no Rio de Janeiro no final do Sec XVII e no decorrer do sec XVIII, poderiam ter saído da Guanabara, por mar, até Parati por onde, através de Taubaté e Guaratinguetá adentraram o país com destino ás Minas Gerais dos Cataguás.
No Brasil, a história e os registros iniciam com André do Valle Ribeiro. Em Porto do Turvo, atualmente chamada de Andrelândia, MG, o capitão André do Valle Ribeiro nasceu em 24/05/1675 em Valongo, Bispado do Porto, Portugal, casou-se em São João Del Rei em 09/05/1707 com Teresa de Morais, paulista falecida em 20/08/1727, filha de Antônio Vieira Dourado, também chamado de Antônio Vieira, que fora casado com Francisca de Macedo, paulista descendente de João Ramalho e de Potira, dados estes nos arquivos da Cúria Metropolitana de São Paulo, estante 4, gaveta 1,livro 2, pagina 31. Teresa de Morais foi inventariada em São João Del Rei em 1727, cartório do 2º Oficio, letra T maço 2.
O capitão André do Valle Ribeiro foi proprietário de terras no Caminho Velho, junto ao Rio das Mortes Pequeno, com casas de vivenda e senzalas. Tinha também um sítio menor em São Miguel do Cajurú em cuja capela batizou os filhos. Fez parte do Senado da Câmara de São João Del Rei, vindo a falecer em 1720 nessa cidade, inventariado no Cartório do 1º Oficio, letra A, maço 21.

André e Teresa foram pais de 7 filhos. Somente há referências de 2 deles, Maria de Morais Ribeiro, casada com Antônio Brito Peixoto, com 10 filhos que não assinaram Ribeiro.
Segundo Frederico de Barros Brotero, dessa geração se originou o tronco da família Andrade. Na realidade, 3 dos 10 filhos de Maria de Morais assinaram Andrade, sendo eles: José de Andrade Peixoto, Jerônimo de Andrade Brito e Manoel Joaquim de Andrade.
O outro filho, Antônio do Valle Ribeiro, casou-se com Rosa Maria de Jesus Garcia Pinheiro natural da ilha terceira filha do Açoriano João Garcia Pinheiro e tiveram 12 filhos, mas no testamento constou apenas 11 nomes. A partir destes filhos houve uma Transposição de nomes, passando de “do Valle Ribeiro” para “Ribeiro do Valle”  foram pais de:
Joaquim José Ribeiro do Valle nascido em São João Del Rei  MG em 1748, casado com Antônia Maria da Conceição. Deixaram 12 filhos conhecidos e entre eles:
Manoel Joaquim Ribeiro do Vale (Barão das Dores de Guaxupé) natural de Aiuruoca MG, onde se casou em 1793 com Rita Joaquina Maciel, natural de Turvo, filha de Bento Ribeiro salgado e Ângela Ferreira Soares, Residiram em Pouso Alegre MG onde faleceram.
Tiveram os seguintes filhos conhecidos:

Luiz Ribeiro do Valle, natural de Aiuruoca, se casou em Pouso Alegre em 1816 com Maria Emerenciana de Sant´Ana natural de São João Del Rei, filha do Alferes José Vieira da Fonseca e de Floriana Maria das Neves e neta materna dos açoriano José Garcia Duarte e Maria das Neves Freitas, José Garcia foi casado pela segunda vez com Maria do Rosário.
Deixou 9 filhos do primeiro casamento e 5 do segundo, Os filhos deste segundo casamento usaram o nome de Garcia Duarte.
Julião Ribeiro do Valle, natural de Aiuruoca MG se casou em Pouso Alegre em 1820 com Ana Justiniana de Santana natural de São João Del Rei, filha do alferes José Vieira da Fonseca e de Floriana Maria das Neves, depois do casamento passou a Julião Ribeiro Salgado.
Domingos Ribeiro do Valle natural de Aiuruoca se casou em Pouso Alegre em 1834 com Mariana Vieira de Jesus filha do alferes José Vieira da Fonseca e de Floriana Maria das Neves, ele faleceu em Santa Rita do Sapucaí. A viúva casou se pela segunda vez com Antônio Manoel da Palma, é o tronco dos Palmas ligado aos Ribeiro do Valle.
Joaquim Ribeiro do Valle natural de Aiuruoca, se casou em Pouso Alegre em 1822 com Antônia Maria das Neves natural de Aiuruoca.
Francisco Ribeiro do Valle faleceu em Pouso Alegre em 1817 com 28 anos era solteiro.
Luiza Joaquina Maciel se casou em Pouso Alegre com Francisco Garcia Duarte, filho de José Garcia Duarte
Ana Eméria Ribeiro se casou em Pouso Alegre com Vicente Pereira Reis, filho de Manoel Pereira Balbão e Maria Fernandes dos Reis.
Mariana Eméria Ribeiro se casou em Pouso Alegre com Manoel Pereira Balbão, filho de Manoel Pereira Balbão  Maria Fernandes dos Reis.
José Ribeiro do Valle, casado mudou se para os sertões de Santa Ana do Parnaíba, MT
Inácio Ribeiro do Valle, natural de Aiuruoca se casou em Pouso Alegre em 23/02/1824 com Joaquina Cândida São Joaquim, natural de São João Del Rei, filha do Alferes José Vieira da Fonseca e de Floriana Maria das Neves
Tiveram os seguintes filhos:

José Inácio Ribeiro cc Antônia Olinto Nogueira
Luiz Ribeiro Salgado cc 1ª vez com Custódia Maria das Neves 2ª vez com Luiza Garcia Duarte 3ª vez com Mariana Garcia Duarte.
Manoel Joaquim Ribeiro cc Margarida Vieira Ribeiro
Francisco Deocleciano Ribeiro cc Ana Cândida Ribeiro Carlos Ribeiro da Fonseca cc Carolina Garcia Duarte Joaquim Carlos Ribeiro cc Rita Garcia Ribeiro
Rita Cândida Ribeiro cc José Garcia Rocha Floriana Theodoro Ribeiro cc José Ribeiro Sales Antônio Carlos Ribeiro cc Joaquina Garcia Duarte
Pedro Ribeiro da Fonseca cc Maria Vieira Palma,
pais de:
Inácio Ribeiro Palma cc Joaquina Ribeiro da Fonseca: bisavós paternos de Renato Ribeiro Palma

Francisco Ribeiro Palma cc Umbelina Ribeiro da Fonseca: bisavós maternos de Renato Ribeiro Palma
 Mariana Ribeiro Palma cc 1ª Tomaz Vieira Palma 2ª Manoel Joaquim Ribeiro
 Antônio Carlos Ribeiro (era o mais novo dos irmãos), Depois da morte de seu pai Inácio  Ribeiro do Valle tomou conta do que restavam da fazenda e foi morar com sua mãe Joaquina.
Depois de algum tempo passado em sua casa construída no alto da Serra vendeu tudo ao proprietário da fazenda Veados e se mudou se em 1889 para Fartura com sua mãe.
Na terceira geração dos Ribeiro do Vale chegamos a Inácio Ribeiro do Valle genro de José Vieira da Fonseca.
 Em 1839 o alferes de milícia José Vieira da Fonseca mudou-se de Pouso Alegre MG para o sertão de São Paulo com seus genros Inácio Ribeiro do Valle, Luiz Ribeiro da Fonseca e Julião Ribeiro Salgado, compraram do velho João Pereira de Barros “de cor parda”, a Fazenda Bebedor (está correta a escrita). Inácio estabeleceu-se em uma parte que chamou de Sítio Córrego Alto, mais tarde Fazenda Santa Albertina, luís Ribeiro da Fonseca ficou no Capão do Sobrado e Julião Ribeiro Salgado na confluência dos Rios Prata, Sucuri e das Pedras.
Os outros dois genros, Antônio Manuel da Palma e Francisco de Paula Ferreira da Rocha, instalaram-se na Fazenda das Pombas, que depois passou a ser dos Vieira Palma.
Em terreno doado por Inácio Ribeiro do Valle e por Rita de Cassia Nogueira, ergueram uma capela e 1862 e que deu inicio a Santa Rita do Passa Quatro. Vinte anos depois iniciou a construção da velha Matriz, fazendo parte entre outros Francisco Deocleciano Ribeiro, Joaquim Vitor de Sousa Meireles, José Vieira Palma, Pedro Ribeiro da Fonseca e José Vieira da Rocha.
Na quarta geração de seus descendentes, chegamos a Pedro Ribeiro da Fonseca (meu tataravô) uns dos fundadores de Fartura junto com seu irmão Luiz Ribeiro Salgado e outros moradores.

6 comentários:

  1. Muito bem explicado, Renato! Só agora descobri que sou prima distante de meu marido. Meu pai sempre falou para não casar com parentes, que na família já havia tido muitos casamentos consanguíneos. Mas parece destino. Agora vendo deu blog, descobri que somos Ribeiro. A vó materna dele era Lydia Ribeiro Garcia e a minha, Luiza Ribeiro Palma.

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  2. - Boa tarde Renato. Parabéns pelo Blog. Sou ascendente de Ana Esméria Ribeiro e Vicente Pereira dos Reis. Encontrei muitas informações valiosas para completar minha árvore. Gratidão

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  3. Muito legal o seu Blog. Parabéns. No final das contas somos todos irmãos! Meu nome é Josiane Vaccarini Ribeiro do Valle, advogada, e sou filha de Sebastião Ribeiro do Valle, nascido na cidade de Simão Pereira-MG, com seus irmãos Maria Aparecida Ribeiro do Valle, Therezinha ou Thereza Ribeiro do Valle, Darcio Antônio Ribeiro do Valle, advogado, falecido, Wanderlei Ribeiro do Valle, advogado falecido, Jose Geraldo Ribeiro do Valle, vivo,
    juiz de direito aposentado, sei que meus avós paternos eram JARBAS e PETRONILHA. Nasci e me criei em Juiz de Fora/MG, perto de Simão Pereira/MG. Será que posso estar incluída como descendente daqueles que vieram para Minas Gerais? Tomara que sim. Abraço.

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    1. Boa noite,Joseane! Quem eram seus bisavós paternos? Nossa família residiam na mesma área e com o mesmo sobrenome. Tenho algumas informações que talvez lhe sirva e se for de seu interesse, podemos nos escrever. Certo? Meu nome é Leila e o e-mail: almeida.ba@hotmail.com

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  4. Muito bom seu blog, Renato, parabéns! Sou descendente de João Tertuliano Ribeiro (bisavô) casado com Ana Mendes Ribeiro,filho de Antonio Tertuliano Ribeiro (Tataravô), que vieram de São João Del Rei e ocuparam terras em Juiz de Fora, Porto das Flores, Três Ilhas e parece que em São José do Vale do Rio Preto/RJ. Antônio T Riveiro era filho de Domingos António Ribeiro do Valle que por sua vez, era filho de João Ribeiro do Vale. Domingos vendeu suas terras em Bom Jardim e comprou 2 sesmarias em Porto das Flores. Domingos deixou 7 filhos e fazendas ou bens para todos, cabendo ao meu bisavô Antonio Tertuliano Ribeiro às seguintes dazendas:Penafiel; São Tomás e Pernambuco e meu bisavô João, herdou a Penafiel. Não sei de onde veio o Tertuliano que perdurou até meu pai e nem pq alguns filhos tiveram o sobrenome do Valle e outros só Ribeiro e um; Magalhães). O ramo da familia Ribeiro, da qual pertenço, sempre habitou entre Minas e Rio de Janeiro e mais recentemente (séc XX), em Três Rios, Paraiba do Sul e Juiz de Fora. Alguém pode me ajudar a acrescentar mais dados a minha árvore? Obrigada! Meu nome é Leila e meu e-mail principal é almeida.ba@hotmail.com

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  5. Olá, Manoel Pereira Balbao é meu antepassado de 8 geração . Seu filho Manuel pereira Balbao se casou com Marianna Esméria Ribeiro , tiveram filhos , seu filho Messias teve Jonas que teve a Custódia , que teve Joaquim Bento que teve meu avô Francisco de Paula Oliveira nascido em Pouso Alegre , que teve meu pai Silas de Paula Oliveira nascido em Campinas SP.

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