RIBEIROS
Se nos abstrairmos das legendárias e muito remotas origens
que alguns genealogistas dão a esta linhagem, para a fazerem remontar à Alta
Idade Média, documentadamente, ela provém de D. (?) Afonso Pires, dos (da
Ribeira), que do seu casamento com D. Maria Raimundo, dos (de Sequeira), teve a
Pedro Afonso da Ribeira, com geração que prosseguiu o nome, tendo os primeiros
vivido em meados do século XIII. Texto 2 - Sobrenome português classificado
como sendo um toponímico pois tem origem geográfica, significaria
"riozinho". A família Ribeiro de Portugal é de origem nobre, Ribeiros
e Ribeiras, ao que parece são a mesma família. Procedem ao Rei D. Ramiro,
ultimo de Leão e há em Castela (Espanha).
Ilustre e antiga família que procede do Rei D. Fruela II e de
sua mulher D. Nunila, por seu filho D. Ramiro privado do Reino por seu primo D.
Ramiro I I, que o cegou e a seus irmãos, o qual foi pai do Infante D. Ordonho,
o Cego, que alguns pretendem fosse filho do Rei D. Ramiro II e de sua mulher
D. Teresa ou de D. Ramiro III de Leão e de sua mulher D.
Urraca e, ainda, de D. Fruela II, que se lhe dá por avô, e dizem haver casado
com D. Cristina. Deste nasceu o Conde D. Ordonho Ordonhes, Conde de Cabreira e
Ribeira, senhor de Lemos e Sarria e de muitas terras na Galiza, o qual serviu o
Rei D. Fernando, o Magno, nas guerras e casou com D. Urraca Garcia, filha
herdeira de Garcia Fernandes, Conde de Garanon e senhor de Aza, e de sua mulher
D. Urraca Osório. Foi seu filho D. Garcia Ordonhes, o de Cabreira, assim
chamado por um senhor de Cabreira e também o foi de Aza pelos anos de 1040,
senhorio este que lhe veio por sua mãe. Foi cavaleiro de valor e um dos maiores
senhores do seu tempo. Morreu no ano de 1083. Casou com a Infanta D. Elvira. Senhora
de Toro, que morreu no ano de 1087, filha do Rei D. Fernando, o Magno, e de sua
mulher D. Sancha. Entre os vários filhos de D. Garcia Ordonhes figura o Conde
D. Osório de Cabrera, primogénito, natural de Cabreira, que veio povoar
Portugal, se bem que há divergências sobre o nome de seu pai, que uns pretendem fosse D. Guterre
Osório, o que parece impossível por a tal se opor a cronologia, outros que
seria irmão de D. Martim Osório, senhor de Vila lobos, Cabreira e Ribeira e
ambos filhos de D. Rodrigo Vela, senhor das mesmas terras e netos do Conde D.
Vela Osório, mas a maioria dos autores segue a primeira opinião. D. Osório de
Cabrera viveu nos reinados de D. Sancho
II e D. Afonso VI de Leão e veio para Portugal com o Conde D. Henrique e aqui
povoou muitos lugares. Casou com sua prima D. Sancha Moniz, filha de D. Moninho
Fernandes de Touro, filho bastardo do Rei D. Fernando o Magno, avô materno do
Conde D. Osório. Seu filho, o Conde D. Moninho Osório, veio com seu pai, foi
homem de D. Afonso Henriques e casou com D. Maria Nunes, filha de Nuno Soares, padroeiro do
mosteiro de Grijó, e de sua mulher D. Urraca Mendes, de quem teve a D. Paio
Moniz, homem de D. Sancho I, Rei de Portugal, casado com D. Urraca Nunes de Bragança,
filha de D. Nuno Peres de Bragança e de sua mulher, D. Froilhe Sanches.
Deste casamento nasceu D. Martim Pais da
Ribeira e D. Maria Pais da Ribeira, esta manceba do Rei D. Sancho I e depois de
Gomes Lourenço, acabando por ser mulher de D. João Fernandes de Lima, e D. Nuno
Pais Ribeiro, padroeiro de Santo André de Serradelo, no concelho de Gaia, onde
viveu no tempo do Rei D. Afonso III. Este último recebeu-se com D. Maior Pais
Romeu, filha de D. Paio Pires Romeu e de sua mulher, D. Goda Soares da Maia, a
qual D. Maior também foi casada com D. Egas Bufo. Provêm do matrimónio de D.
Nuno Pais com D. Maior os do apelido de Ribeiro, em que se transformou o de
Ribeira, usado na forma nova sem preposição.
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