terça-feira, 24 de outubro de 2017

Raposo Tavares

                                            Raposo Tavares

Fernão Vieira Tavares, partidário de D. Antônio, Prior de Crato, nas tentativas de tomada da Coroa de Portugal, em 1580 e 89, viveu em São Miguel de Beja, Alentejo, onde foi juiz de órfãos e tesoureiro da Bula da Cruzada, e de onde veio ao Brasil, provavelmente com o filho Antônio, antes de 1618, permanecendo primeiramente na Bahia, onde foi Contador Mor, nomeado Cap. Mor Governador Ouvidor da Capitania de São Vicente e SP, sucedendo a João de Moura Fogaça (ou foi nomeado já no Brasil, em 1622, por Martim Correia de Sá e, não sendo confirmado, recebeu o  cargo de Provedor da Fazenda Real da Capitania de São Vicente?), casou 1ª vez, com Francisca Pinheiro da Costa Bravo, cristã-nova e, 2ª vez por volta de 1610, com Maria da Costa, cristã-nova (viúva de Diogo Nunes Machado, cristão-novo, nasceu por volta de 1584, em Évora, Portugal, presa pela Inquisição de Lisboa de 1618 até 1624, filha de João Lopes de Elvas, mercador, e Inês Álvares, neto paterno de Gomes Rodrigues e Isabel Lopes, naturais de Elvas, dissertação de mestrado, do renomado genealogista Marcelo M. A. Bogaciovas, "Tribulações do Povo de Israel na São Paulo  Colonial".

Antônio Raposo Tavares (1598-1658), um dos mais mitológicos bandeirantes. Ou era guindado ao cêu como o “bandeirante magno, vulto formidável”. segundo a descrição  de  Affonso Taunay, ou era jogado no inferno como assassino, herege e matador de padres. A historiadora Anita Novinsky, professora de pós graduação na USP, reuniu documentos encontrados em Portugal segundo os quais Raposo Tavares teria razões religiosas para queimar igrejas: sua madrasta, Maria da Costa, foi presa e torturada pela Inquisição em 1618 sob acusação de “judaísmo” e só saiu do cárcere seis anos depois.

Em 1496, D. Manuel, rei de Portugal, decretou que os judeus deveriam ser expulsos do país. Só poderiam ficar os que aceitassem a conversão ao catolicismo, chamados cristãos novos. Raposo Tavares foi criado até os 18 anos na casa da madrasta, uma cristã nova que seguia a tradição religiosa como “uma judia fervorosa”, na definição de Novinsky. A mãe de Raposo Tavares também era cristã nova...”A história do período colonial precisa ser reescrita”.

Os ataques das bandeiras ás reduções, áreas em que os jesuítas agrupavam os índios para catequizá-los, ocorreram na primeira metade do século 17. O mais célebre dos ataques foi contra  as reduções na região de Guaíra, hoje território Paraguaio, em 1628. Raposo Tavares saiu de São Paulo com 900 brancos e 3.000 índios. Foi neste período que Raposo Tavares fez a sua confissão de judaísmo. Uma carta de Francisco Vasques Trujillo, escrita em 1631 menciona que, ao ser questionado com que autoridade moral os paulistas atacavam os índios, ele respondeu que era com a autoridade “que lhes dava os livros de Moisés”. “Há razões ideológicas na fúria dos bandeirantes contra a igreja. Ela representava a força que tinha destruído suas vidas e confiscados seus bens em Portugal”, diz Novinsky. Raposo Tavares matou jesuítas porque eles eram comissários da inquisição na América.

Antônio Raposo Tavares, nasceu em 1598, São Miguel de Beja, faleceu em sua fazenda em Barueri, SP, 1658/9, grande bandeirante, veio com o seu pai em 1618, promoveu verdadeira guerra contra  as missões espanholas localizadas no sul do Brasil o que, no dizer de Afonso de Taunay, resultou na incorporação ao território brasileiro das terras onde hoje se localizam os Estados do Paraná, Sta. Catarina,  Rio  Grande  do  Sul  e  a  parte  meridional  de  Mato  Grosso,  em  1639  substituiu  Dom Francisco Rendon de Quebedo na organização da recruta paulista criada para socorrer a Capitania de Pernambuco, que estava ocupada pelos holandeses, casou 1ª vez em 1619, SP, com Beatriz Bicudo (ou Beatriz Furtado de Mendonça), m 1632, filha de Manuel Pires e Maria Bicudo e, casou  2ª vez com Lucrécia Leme Borges de Cerqueira, nasceu por volta. 1595, SP (viúva de Gaspar Barreto), filha de Simão Borges de Cerqueira, nasceu em Mezamfrio, Portugal, Moço da Câmara do Rei Dom Henrique, e Leonor Leme, neto paterno. de Belchior Borges de Sousa de Louzada e Feliceta de Cerqueira, neto materno de Fernando Dias Paes, Português, e Lucrécia Leme, natural de SP, e teve 3 filhos.

De fato, o Tribunal do Santo Ofício da Inquisição de Lima já funcionava desde 1570, e exatamente entre 1635 e 1639, no auge das Bandeiras, foram condenadas por ele 80 pessoas, 64 das quais por judaísmo. Os jesuítas do Brasil já eram cúmplices da Inquisição portuguesa desde que esta enviou ao país, em 1591, a primeira visitação. Toda correspondência dos inquisidores referente à prisão dos hereges brasileiros era enviada ao provincial da Companhia de Jesus. Nessas cartas, os paulistas eram apontados como "judeus encobertos", "falsos cristãos" e acusados dos crimes mais vis. E nas crônicas jesuíticas, os bandeirantes, além de judeus, eram chamados de corsários, facínoras, bestas e feras. Felipe 6º ordenou ao vice-rei do Brasil que Raposo Tavares fosse entregue à Inquisição. Um acaso impediu que o bandeirante fosse preso e morresse queimado: eclodiu então a revolução que separou Portugal da Espanha e a ordem ficou sem efeito.

Em 1647, Raposo Tavares partiu para a maior expedição de descobrimento de todo o mundo. Um dos seus mais surpreendentes resultados foi conhecer, pela primeira vez, a extensão da América do Sul. Raposo Tavares dilatou o Brasil e foi o descobridor de um continente. Júlio de Mesquita Filho o caracterizou como "o herói de uma das mais famosas façanhas de que guarda memória a história  da humanidade".

Há um mistério até hoje não desvendado em torno da vida de Raposo Tavares. Entre 1642 e 1647, seu nome não aparece nas atas da Câmara e em nenhum documento. Foi o verdadeiro explorador de um continente mas, em seu tempo, totalmente ignorado. Jaime Cortesão, o famoso historiador português, chama esse fato de "conspiração do silêncio" e pergunta: onde esteve Raposo durante esses anos e como explicar esse silêncio? Até que ponto está relacionado à sua origem judaica?

Na verdade, não sabemos qual foi a dimensão de seu judaísmo. Sabemos que Raposo Tavares, questionado sobre qual lei o autorizava a se contrapor aos jesuítas, respondeu: "A lei que Deus deu a Moiss". E sabemos, principalmente, que ele representou os contestadores dos regimes de opressão e do fanatismo. Além de explorador, foi um revolucionário, um político e um idealista. Cortesão ergueu Raposo Tavares ao pedestal dos homens que construíram o Brasil.

Pai de
Maria Raposo Tavares, casada com o Cel. Carlos de Moraes Navarro, nascido por volta de 1633, faleceu em 1672, filho de Pedro de Moraes Madureira e Ana Pedroso de Moraes (ou Antas  Moraes), tiveram 3 filhos e 3 filhas.

Pais de
Francisca de Macedo Moraes, paulista, casou em 1692, São Paulo, com Antônio Vieira Dourado, nascido em 1667, São José de Oliveira, Braga, Portugal, morador de São João Del Rei, MG.


Pais de
Teresa de Moraes, natural de São Paulo, faleceu em 1727, casou em 1707, São João Del Rei, com André do Vale Ribeiro, nascido em 1675,natural de São Mamede de Valongo, Porto, faleceu em 1720 em São João Del Rei, MG, filho de  Domingos Francisco e Maria Ribeiro do Vale.

Pais de
Cap. Antônio do Valle Ribeiro, nasceu em 1713, São Miguel do Cajuru, MG, onde casou em 1739, com Rosa Maria de Jesus Garcia Pinheiro, nascida em São Pedro, Angra, Ilha Terceira, Açores, faleceu em 1782, Aiuruoca, MG.

Pais de
Joaquim José Ribeiro do Valle, faleceu em 06/03/1784 morador na paragem do Ribeirão do Azeite em Aiuruoca teve 12 filhos, casou com Antônia Maria da Conceição.

Pais de
Manuel Joaquim Ribeiro do Valle, Barão das Dores de Guaxupé, nasceu em 1821 na, freguesia da Madre de Deus, São João Del Rei, faleceu em 1893, Muzambinho, onde foi fazendeiro, casou 1ª vez, com Dionísia Maria Pereira, filha de Manuel Pereira Balbão e Maria Fernandes dos Reis e, 2ª vez com Rita Joaquina Maciel (ou Rita Joaquina Ribeira Salgada, ou ainda Rita Joaquina Ribeiro do Valle), filha de Bento Ribeiro Salgado e Ângela Ferreira Soares, teve da 2ª esposa: Luís Ribeiro do Valle, Julião Ribeiro Salgado, Inácio Ribeiro do Valle, Domingos Ribeiro do Vale, Joaquim Ribeiro do Vale, José Ribeiro do Vale, Mariana, Ana, Luiza.

Pais de
Inácio Ribeiro do Vale natural de Aiuruoca MG, casou-se em Pouso Alegre com Joaquina Vieira da Fonseca Ribeiro em 1839 mudou-se para os Sertões de Casa Branca e foi um dos fundadores de Santa Rita do Passa Quatro

Pais de
Pedro Ribeiro da Fonseca natural de Santa Rita casou com Maria Vieira Palma, filha de Antônio Manuel da Palma e Maria Rodrigues Santiago foi juntamente com seus irmãos os primeiros moradores da cidade de Fartura.

Pais de
Inácio Ribeiro Palma n 08/09/1860 natural de São Simão casou em 21/02/1886 com Joaquina Ribeiro da Fonseca n 1868, filha de João Ribeiro da Fonseca e Maria Honória Ribeiro.

Pais de
Pedro Ribeiro Palma n 12/03/1892 m 26/03/1962 natural de SRPQ casou em 1914 com Maria Garcia Ribeiro n 21/03/1898 m 15/08/1959, filha de Domingos Ribeiro Garcia e Mariana Vieira Palma.

Pais de
Aparecido Ribeiro Palma n 26/07/1933 m 27/03/1999 casou com Maria Conceição Ribeiro n 25/10/1935 m 30/05/1996, filha de Luiz Garcia Ribeiro e Maura Ribeiro Palma.

Pais de

Renato Ribeiro Palma n 29/12/1966.

Um comentário:

  1. Bom dia, saberia me informar os nomes dos pais da Francisca Pinheiro da Costa Bravo, por gentileza?

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