Raposo Tavares
Fernão Vieira Tavares, partidário de D. Antônio, Prior de Crato, nas
tentativas de tomada da Coroa de Portugal, em 1580 e 89, viveu em São Miguel de
Beja, Alentejo, onde foi juiz de órfãos e tesoureiro da Bula da Cruzada, e de
onde veio ao Brasil, provavelmente com o filho Antônio, antes de 1618,
permanecendo primeiramente na Bahia, onde foi Contador Mor, nomeado Cap. Mor
Governador Ouvidor da Capitania de São Vicente e SP, sucedendo a João de Moura
Fogaça (ou foi nomeado já no Brasil, em 1622, por Martim Correia de Sá e, não
sendo confirmado, recebeu o cargo de
Provedor da Fazenda Real da Capitania de São Vicente?), casou 1ª vez, com
Francisca Pinheiro da Costa Bravo, cristã-nova e, 2ª vez por volta de 1610, com
Maria da Costa, cristã-nova (viúva de Diogo Nunes Machado, cristão-novo, nasceu
por volta de 1584, em Évora, Portugal, presa pela Inquisição de Lisboa de 1618
até 1624, filha de João Lopes de Elvas, mercador, e Inês Álvares, neto paterno
de Gomes Rodrigues e Isabel Lopes, naturais de Elvas, dissertação de mestrado, do renomado genealogista Marcelo
M. A. Bogaciovas, "Tribulações do Povo de Israel na São Paulo Colonial".
Antônio Raposo Tavares (1598-1658), um dos mais mitológicos
bandeirantes. Ou era guindado ao cêu como o “bandeirante magno, vulto
formidável”. segundo a descrição de Affonso Taunay, ou era jogado no inferno como
assassino, herege e matador de padres. A historiadora Anita Novinsky, professora
de pós graduação na USP, reuniu documentos encontrados em Portugal segundo os
quais Raposo Tavares teria razões religiosas para queimar igrejas: sua
madrasta, Maria da Costa, foi presa e torturada pela Inquisição em 1618 sob
acusação de “judaísmo” e só saiu do cárcere seis anos depois.
Em 1496, D. Manuel, rei de Portugal, decretou que os judeus deveriam ser
expulsos do país. Só poderiam ficar os que aceitassem a conversão ao
catolicismo, chamados cristãos novos. Raposo Tavares foi criado até os 18 anos
na casa da madrasta, uma cristã nova que seguia a tradição religiosa como “uma
judia fervorosa”, na definição de Novinsky. A mãe de Raposo Tavares também era
cristã nova...”A história do período colonial precisa ser reescrita”.
Os ataques das bandeiras ás reduções, áreas em que os jesuítas agrupavam
os índios para catequizá-los, ocorreram na primeira metade do século 17. O mais
célebre dos ataques foi contra as
reduções na região de Guaíra, hoje território Paraguaio, em 1628. Raposo
Tavares saiu de São Paulo com 900 brancos e 3.000 índios. Foi neste período que
Raposo Tavares fez a sua confissão de
judaísmo. Uma carta de Francisco Vasques Trujillo, escrita em 1631 menciona
que, ao ser questionado com que autoridade moral os paulistas atacavam os índios,
ele respondeu que era com a autoridade “que lhes dava os livros de Moisés”. “Há
razões ideológicas na fúria dos bandeirantes contra a igreja. Ela representava
a força que tinha destruído suas
vidas e confiscados seus bens em Portugal”, diz Novinsky. Raposo Tavares matou
jesuítas porque eles eram comissários da inquisição na América.
Antônio Raposo Tavares, nasceu em 1598, São Miguel de Beja, faleceu em
sua fazenda em Barueri, SP, 1658/9, grande bandeirante, veio com o seu pai em
1618, promoveu verdadeira guerra contra
as missões espanholas localizadas no sul do Brasil o que, no dizer de
Afonso de Taunay, resultou na incorporação ao território brasileiro das terras
onde hoje se localizam os Estados do Paraná, Sta. Catarina, Rio
Grande do Sul e a
parte meridional de
Mato Grosso, em
1639 substituiu Dom Francisco Rendon de Quebedo na organização da recruta paulista criada
para socorrer a Capitania de Pernambuco, que estava ocupada pelos holandeses,
casou 1ª vez em 1619, SP, com
Beatriz Bicudo (ou Beatriz Furtado de Mendonça), m 1632, filha de Manuel Pires
e Maria Bicudo e, casou 2ª vez com Lucrécia Leme Borges de Cerqueira,
nasceu por volta. 1595, SP (viúva de Gaspar Barreto), filha de Simão Borges de
Cerqueira, nasceu em Mezamfrio, Portugal, Moço da Câmara do Rei Dom Henrique, e
Leonor Leme, neto paterno. de Belchior Borges de Sousa de Louzada e Feliceta de
Cerqueira, neto materno de Fernando Dias Paes, Português, e Lucrécia Leme,
natural de SP, e teve 3 filhos.
De fato, o Tribunal do Santo Ofício da Inquisição de Lima já funcionava
desde 1570, e exatamente entre 1635 e 1639, no auge das Bandeiras, foram
condenadas por ele 80 pessoas, 64 das quais por judaísmo. Os jesuítas do Brasil
já eram cúmplices da Inquisição portuguesa desde que esta enviou ao país, em
1591, a primeira visitação. Toda correspondência dos inquisidores referente à
prisão dos hereges brasileiros era enviada ao provincial da Companhia de Jesus.
Nessas cartas, os paulistas eram apontados como "judeus encobertos",
"falsos cristãos" e acusados dos crimes mais vis. E nas crônicas
jesuíticas, os bandeirantes, além de judeus, eram chamados de corsários,
facínoras, bestas e feras. Felipe 6º ordenou ao vice-rei do Brasil que Raposo
Tavares fosse entregue à Inquisição. Um acaso impediu que o bandeirante fosse
preso e morresse queimado: eclodiu então a revolução que separou Portugal da
Espanha e a ordem ficou sem efeito.
Em 1647, Raposo Tavares partiu para a maior expedição de descobrimento
de todo o mundo. Um dos seus mais surpreendentes resultados foi conhecer, pela
primeira vez, a extensão da América do Sul. Raposo Tavares dilatou o Brasil e
foi o descobridor de um continente. Júlio de Mesquita Filho o caracterizou como
"o herói de uma das mais famosas façanhas de que guarda memória a
história da humanidade".
Há um mistério até hoje não desvendado em torno da vida de Raposo
Tavares. Entre 1642 e 1647, seu nome não aparece nas atas da Câmara e em nenhum
documento. Foi o verdadeiro explorador de um continente mas, em seu tempo,
totalmente ignorado. Jaime Cortesão, o famoso historiador português, chama esse
fato de "conspiração do silêncio" e pergunta: onde esteve Raposo
durante esses anos e como explicar esse silêncio? Até que ponto está
relacionado à sua origem judaica?
Na verdade, não sabemos qual foi a dimensão de seu judaísmo. Sabemos que
Raposo Tavares, questionado sobre qual lei o autorizava a se contrapor aos
jesuítas, respondeu: "A lei que Deus deu a Moiss". E sabemos,
principalmente, que ele representou os contestadores dos regimes de opressão e
do fanatismo. Além de explorador, foi um revolucionário, um político e um
idealista. Cortesão ergueu Raposo Tavares ao pedestal dos homens que
construíram o Brasil.
Pai de
Maria Raposo Tavares, casada com o Cel. Carlos de Moraes Navarro,
nascido por volta de 1633, faleceu em 1672, filho de Pedro de Moraes Madureira
e Ana Pedroso de Moraes (ou Antas Moraes), tiveram 3 filhos e 3 filhas.
Pais de
Francisca de Macedo Moraes, paulista, casou em 1692, São Paulo, com
Antônio Vieira Dourado, nascido em 1667, São José de Oliveira, Braga, Portugal,
morador de São João Del Rei, MG.
Pais de
Teresa de Moraes, natural de São Paulo, faleceu em 1727, casou em 1707,
São João Del Rei, com André do Vale Ribeiro, nascido em 1675,natural de São
Mamede de Valongo, Porto, faleceu em 1720 em São João Del Rei, MG, filho
de Domingos Francisco e Maria Ribeiro do
Vale.
Pais de
Cap. Antônio do Valle Ribeiro, nasceu em 1713, São Miguel do Cajuru, MG,
onde casou em 1739, com Rosa Maria de Jesus Garcia Pinheiro, nascida em São
Pedro, Angra, Ilha Terceira, Açores, faleceu em 1782, Aiuruoca, MG.
Pais de
Joaquim José Ribeiro do Valle, faleceu em 06/03/1784 morador na paragem
do Ribeirão do Azeite em Aiuruoca teve 12 filhos, casou com Antônia Maria da
Conceição.
Pais de
Manuel Joaquim Ribeiro do Valle, Barão das Dores de Guaxupé, nasceu em
1821 na, freguesia da Madre de Deus, São João Del Rei, faleceu em 1893,
Muzambinho, onde foi fazendeiro, casou 1ª vez, com Dionísia Maria Pereira,
filha de Manuel Pereira Balbão e Maria Fernandes dos Reis e, 2ª vez com Rita
Joaquina Maciel (ou Rita Joaquina Ribeira Salgada, ou ainda Rita Joaquina
Ribeiro do Valle), filha de Bento Ribeiro Salgado e Ângela Ferreira Soares,
teve da 2ª esposa: Luís Ribeiro do Valle, Julião Ribeiro Salgado, Inácio
Ribeiro do Valle, Domingos Ribeiro do Vale, Joaquim Ribeiro do Vale, José Ribeiro
do Vale, Mariana, Ana, Luiza.
Pais de
Inácio Ribeiro do Vale natural de Aiuruoca MG, casou-se em Pouso Alegre
com Joaquina Vieira da Fonseca Ribeiro em 1839 mudou-se para os Sertões de Casa
Branca e foi um dos fundadores de Santa Rita do Passa Quatro
Pais de
Pedro Ribeiro da Fonseca natural de Santa Rita casou com Maria Vieira
Palma, filha de Antônio Manuel da Palma e Maria Rodrigues Santiago foi
juntamente com seus irmãos os primeiros moradores da cidade de Fartura.
Pais de
Inácio Ribeiro Palma n 08/09/1860 natural de São Simão casou em
21/02/1886 com Joaquina Ribeiro da Fonseca n 1868, filha de João Ribeiro da
Fonseca e Maria Honória Ribeiro.
Pais de
Pedro Ribeiro Palma n
12/03/1892 m 26/03/1962 natural de SRPQ casou em 1914 com Maria
Garcia Ribeiro n 21/03/1898 m 15/08/1959, filha de Domingos
Ribeiro Garcia e Mariana Vieira
Palma.
Pais de
Aparecido Ribeiro Palma n 26/07/1933 m 27/03/1999 casou com Maria
Conceição Ribeiro n 25/10/1935 m 30/05/1996, filha de Luiz Garcia Ribeiro e
Maura Ribeiro Palma.
Pais de
Renato Ribeiro Palma n 29/12/1966.
Bom dia, saberia me informar os nomes dos pais da Francisca Pinheiro da Costa Bravo, por gentileza?
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